quarta-feira, 27 de abril de 2011

Obesidade Mórbida

     A Obesidade Mórbida acontece quando o grau de obesidade em que doenças orgânicas são iniciadas ou agravadas, influenciando  também em fatores psicossociais da vida do indivíduo. Muitas são as doenças decorrentes da obesidade como: doenças pulmonares;doenças osteo-articulares; doenças cutâneas; hipertensão arterial; diabetes tipo II; traumatismo; arteriosclerose; cálculos de vesícula; “apnéia de sono”; ataques cardíacos; hérnias; hemorróidas; acidentes vasculares cerebrais; varizes; flebites e tromboses venosas; câncer.
     Alguns quadros de afecções abdominais se tornam de difícil investigação e, necessitando de intervenção cirúrgica de urgência, seu risco se torna lato. O risco de morte em um obeso mórbido é dez vezes maior e sua expectativa de vida é vinte por cento menor que um indivíduo com o peso normal.
     Origem genética, distúrbios psicológicos, distúrbios endócrinos, depressão endógena (bulimia) e vida sedentária somada a maus hábitos alimentares fazem parte das causas que levam uma pessoa a sofrer da doença. É através do IMC (Índice de Massa Corporal) estabelecidos pela (Metropolitan Life Insurance Co) que a equipe que assiste o paciente definirá se o paciente necessita da cirurgia. A obesidade mórbida é definida se o IMC der superior a 40, o que significa 45 kg acima do seu peso ideal.
     Calcula-se o IMC dividindo o seu peso (em kg), por sua altura (em metros) elevada ao quadrado. Ex: IMC= 140kg = 48,5.
                                                    1,70m2
     Deve-se ainda levar em conta se o paciente está apresentando alguma doença orgânica em conseqüência da obesidade ou interferindo em aspectos psicossociais de sua vida.
     As cirurgias para obesidade mórbida são de três tipos: restritivas, disabsortivas e restritiva – disabsortiva. As restritivas apenas impedem que o paciente coma em grande quantidade. As disabsortivas fazem com que o alimento, após ingerido, não seja absorvido pelo organismo. Da união entre essas duas cirurgias, chegou-se a um terceiro tipo que nos parece a ideal. Na cirurgia restritiva – disabsortiva é feita a redução do estômago e diminui-se a absorção dos alimentos.
     Durante a cirurgia, o estômago do paciente é reduzido a um pequeno reservatório gástrico. Ao se alimentar, logo esse reservatório se torna cheio e o cérebro do paciente recebe uma mensagem que traduz como saciedade. Caso ínsita em comer além do recomendado, logo apresentará mal estar, podendo vomitar. Saindo do estômago, o alimento vai direto para o intestino.; Esse processo reduz a sua absorção, já que diminui seu contato com as secreções biliares e pancreáticas.
     É muito importante que o paciente mastigue bem os alimentos e que os ingira lentamente. Os alimentos mal mastigados podem formar “bolos”, impedindo a saída do pequeno reservatório gástrico. Cuidados como a consulta ao dentista e o tratamento dentário antes da cirurgia é uma indicação para a cirurgia.
     A cirurgia para “Obesidade Mórbida” não é um tratamento para beleza.l Ao contrário disso, a perda da gordura poderá fazer com que o paciente se sinta “feio” e procure um cirurgião plástico para retirar os excessos de pele e dobras que irão aparecer com o emagrecimento.
     Como em qualquer cirurgia existem riscos tanto relativos à morbidade (complicações) quanto à mortalidade. O índice de mortalidade ligado a essa cirurgia é de 1% a 3% e sua morbidade equivale à de qualquer cirurgia no estômago.
     No pós-operatório as primeiras 24 a 48 horas da cirurgia são muito importantes. Nesse período, o paciente recebe acompanhamento fisioterápico contribuindo na realização de exercícios físicos fundamentais para a rápida recuperação. Somente após 48 horas de operado o paciente começará a se alimentar. Sua dieta será líquida e dada de 10/10 a 15/15 minutos. Essa dieta líquida se manterá por todo o primeiro mês após a cirurgia, evoluindo para pastosa e sólida, conforme sua aceitação. Existem restrições quanto à quantidade e qualidade da sua alimentação se manterão para o resto da vida de um obeso.
     Quanto a alta hospitalar ocorrerá entre o terceiro e o quarto dia após a cirurgia, porém cada caso é visto particularmente.
     A expectativa é que ocorra um emagrecimento de 40 a 60 kg por ano, o que significa um longo tratamento ambulatorial.

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