sábado, 26 de março de 2011

VISITA DO MINISTRO DA SAÚDE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES MARCA O INICIO DA VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE A.

O dia de hoje foi marcado pela presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e demais autoridades para o lançamento da campanha de vacinação contra a Hepatite A no nosso Município. Esse Projeto faz com que o Município seja referência na vacinação contra a Hepatite A.
Como se sabe a Hepatite A é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus da Hepatite A, que produz inflamação e necrose do fígado.  A transmissão do vírus é fecal-oral através de ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. Uma pessoa infectada pelo vírus pode ou não desenvolver a doença. A hepatite A ocorre em todos os países do mundo, inclusive os países desenvolvidos. É a mais comum onde a infra-estrutura é inadequada ou inexistente. Uma vez infectado o portador confere imunidade permanente contra a  doença. Existem vacinas contra a Hepatite A desde 1995 porém seu custo é elevado.
O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus da Hepatite A. A transmissão é comum entre crianças que ainda não tem noções de higiene. O consumo de mariscos crus ou inadequadamente cozidos esta particularmente associado as infecções, uma vez que esses organismos concentram o vírus por filtrarem grandes volumes de água contaminada.
O Brasil tem um risco elevado para aquisição de Hepatite A, em razão de condições deficientes ou inexistentes de saneamento básico.
A Hepatite A deve ser prevenida com utilização de água clorada ou fervida e o consumo de alimentos cozidos como também a vacina ou imunoglobulina. Devem-se lavar criteriosamente as mãos antes das refeições com água e sabão.
As manifestações são de início súbito, com febre baixa, sensação de mal-estar, fadiga, perda do apetite, sensação de desconforto no abdômen, náuseas e vômitos. As fezes podem ficar amarelo-esbranquiçada e urina de cor castanho- avermelhada. Em geral quando a pessoa fica ictérica, a febre desaparece, há diminuição das outras manifestações e o risco de transmissão do vírus torna-se mínimo. Geralmente em crianças a icterícia desaparece em torno de 8 a 11 dias, e nos adultos de 2 a 4 semanas.
A Hepatite A não tem tratamento específico. Trata-se os sintomas de desconforto e deve fazer repouso com retorno das atividades gradualmente.

Dr. André Luiz Fontoura

segunda-feira, 21 de março de 2011

Hipotireoidismo

     A tireóide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço e tem como função manter o equilíbrio do organismo. É responsável pela produção de hormônio tireoidiano (T4 – levotiroxina) e este de manter as funções fisiológicas do corpo humano.
     A produção reduzida de hormônio da tireóide é o aspecto principal do estado clínico denominado hipotireoidismo. Ocorre por perda permanente ou  destruição auto imune (do próprio organismo) ou dano por radiação é considerado como hipetireoidismo primário.
     O hipotireoidismo causado pela perda passageira ou progressiva da biossíntese hormonal é tipicamente associado ao aumento compensatório da tireóide. “O hipotireoidismo central ou secundário se dá por insuficiência de estímulo em uma glândula normal, é o resultado de doença hipotalâmica ou hipófise, ou de defeitos na molécula de hormônio estimulante da tireóide (TSH)”.
     O hipetireoidismo primário corresponde a 99% dos casos, sendo menos de 1% dos casos recorrentes da deficiência de TSH, ou outras causas. “A doença pode afetar todos os sistemas e órgãos, e suas manifestações são, na maior parte relacionadas a deficiência  do hormônio tireoidiano”.
     O ganho de peso é comum devido à retenção de líquido, mas não excede a 10% do peso intestinal. O acúmulo de ácido hialurônico é outra conseqüência e que altera a composição da substância basal da derme e de outros tecidos. Em relação ao sistema  cardiovascular, o débito cardíaco em repouso está diminuído pela redução do volume e dos batimentos cardíacos.
     O hormônio tireoidiano é essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso central, se a deficiência não for corrigida no início da vida, os danos são irreversíveis.
     O hipotireoidismo em ambos os sexos influencia o desenvolvimento sexual e a função reprodutiva, por isso a importância da gravidez programada da mulher portadora da doença.
     A Tireoidite de Hashimoto, é o tipo mais comum e está ligada a insuficiência de iodo na dieta. A incidência média em mulheres é da ordem de 3,5 casos por mil habitantes por ano. O tratamento consiste pela reposição da levotiroxina diariamente.   
     É muito importante o acompanhamento médico e ajuste das doses dos hormônios para a manutenção de uma vida saudável para o paciente.

Dr. André Luiz Fontoura
Clínica Geral, Endocrinologia.